Tendo presente a situação de pandemia com a COVID19 que se viveu no primeiro semestre de 2020 (1S20), a Reditus prosseguiu a sua estratégia de desenvolvimento de ofertas integradas e de maior valor acrescentado, a sustentabilidade das operações através da monitorização e melhoria contínua, bem como o desenvolvimento de modelos de gestão com introdução de componentes de robotização que permitiram um aumento da rentabilidade dos projetos.

O Resultado Líquido consolidado ascendeu a 168 mil euros, um acréscimo de 96,5% face ao mesmo período do ano anterior.

No 1S20 o EBITDA foi de 1,3 milhões de euros, valor que compara com os 2,0 milhões no período homólogo. Este valor, no entanto, é equivalente a uma margem EBITDA de 12,8%.

No período em análise, os Proveitos Operacionais apresentam uma redução de 19,1% ascendendo a 10,0 milhões de euros vs os 12,4 milhões de euros do período homólogo.

A contração dos Proveitos é resultado duma diminuição da atividade da empresa no segmento de ITC e ainda de uma redução menos acentuada no segmento de ITO.

O segmento de ITO sofreu uma redução de cerca de 15,1%, mas em contrapartida apresentou uma melhoria do EBTIDA e ainda, da margem EBITDA em 2,1 pp, registando 18,0% face aos 15,9% do período homólogo. Esta redução é motivada pela situação pandémica actual e que impediu a execução de vários projetos de exportação de serviços para o exterior. Por outro lado, o Grupo tem vindo a desenvolver uma estratégia para obter novos projetos, de menor dimensão mas com maior rentabilidade. Como resultado, verificou-se neste período a adjudicação de novos negócios, não só em clientes de base instalada, renovando contratos existentes, mas também em clientes novos.

No segmento do ITC a quebra dos proveitos é bastante acentuada e maioritariamente reflexo de uma diminuição dos projetos da área internacional e da procura por projetos de maior valor acrescentado. Esta estratégia promoveu uma quebra das receitas do segmento no 1º semestre.

Na área internacional, os Proveitos no 1S20 registaram um decréscimo de 42,5% face ao 1S19, diminuindo o seu peso relativamente aos proveitos globais do Grupo, de 36% para 25%, por via da situação da pandemia com que nos deparamos e que têm provocado a postecipação de decisões de investimento em projetos estratégicos do sector público, em Portugal e, sobretudo, no exterior.

Adicionalmente, o impacto da pandemia COVID19 é a principal justificação para a redução dos proveitos do segmento de ITC, nomeadamente quanto ao mercado internacional, como sejam as geografias africanas onde o grupo tem vindo a operar e onde tem vindo a obter resultados positivos. Nestas geografias, a implementação de inúmeros procedimentos de segurança e quarentena, de “lock-down” prolongado, o decreto do estado de emergência e de calamidade impostos, obrigaram o grupo a acionar o plano de contingência e a tomar medidas imediatas para o repatriamento dos seus expatriados e à suspensão temporária de alguns projetos.

Com um volume de negócios a superar os 2,5 milhões de euros no mercado externo, a Reditus vai continuar a manter a aposta nos seus negócios nas geografias internacionais e na sustentabilidade dos projetos de longa duração na área de ITC e ITO para várias organizações.

Para os próximos meses de 2020, apesar da continuação da incerteza resultante do problema de saúde pública em curso, há a registar que começaram a  surgir novos desafios e oportunidades para as quais o Grupo estava preparado, pelo que tem a expectativa de um crescimento positivo com a adjudicação e o “kick-off” de alguns projetos estratégicos e de grande dimensão já adjudicados ou nas fases finais de contratação, tanto no mercado nacional como no internacional. Estas novas oportunidades  têm-se vindo a materializar já durante o 3º trimestre do corrente ano, sendo que a Reditus, para além da sua concretização, continuará ainda ativamente à procura de oportunidades em projetos de Nearshore.